A influência da arte romana veio da cultura etrusca, arte popular que retratava o cotidiano e da cultura greco-helenística, expressando o ideal de beleza, entre os séculos XII e VI a. C., em diferentes regiões da Itália. Sua civilização surgiu em 753 a. C., por meio de lendas e mitos.
A arquitetura
Uma das características da arquitetura veio da arte etrusca, por meio do uso do arco e da abóbada nas construções. Essas estruturas diminuiram a utilização das colunas gregas e aumentaram os espaços internos. Antes, se as colunas não fossem usadas, o peso do teto poderia causar tensões nas estruturas. O arco ampliou o vão entre uma coluna e outra e a tensão do centro do teto era concentrado de formas homogênea.
No final do século I d.C., Roma havia superado as influências desenvolvendo criações próprias.
Nas moradias romanas, as plantas eram rigorosas e eram desenhadas sob um retângulo. As estruturas gregas, eram admiradas pela elegância e flexibilidade e foram implantadas nessas moradias, o peristilo (espaço formado por colunas isoladas e aberto na lateral)
.
Os templos, tinham uma arquitetura diferente: no pórtico de entrada, havia uma escadaria, as laterais se diferenciavam da entrada e não tinham a mesma simetria. Utilizada pelos gregos, acrescentaram, então, os peristilos. Ex.: Maison Carré, em Níves – França, feita no final do século I a.C. As colunas laterais tinham ideia de um falso peristilo.
Maison Carreé, erguida sobre uma alta base. Este templo dominava o foro da cidade antiga. Construída no primeiro século de nossa era, La Maison Carreé, leva este nome desde o século XVI. Dedicado a Caius e Lucius Cesar, netos do Imperador Augusto, é o único templo do mundo antigo conservado em sua totalidade.
Para fugir da inspiração grega, romanos criaram templos, valorizando os espaços interiores, como exemplo o Panteão, em Roma, construída durante o reinado do Imperador Adriano. Ele é o primeiro templo pagão ocupado por uma igreja cristã, devido a sua estrutura arquitetônica.
A Coluna de Trajano (106 – 113 d. C.) é o mais ambicioso desses monumentos. Mostra um relevo envolvendo a coluna em mais de duzentos metros de espiral ininterrrupta, comemorando massacres em mais de 150 cenas.
Coluna de Trajano. Localizada no fórum perto do monte Quirinal, a coluna tem aproximadamente 30 metros de altura mais oito metros de pedestal, perfazendo 38 metros de altura. Constituída por vinte blocos de mármore, cada um pesando 40 toneladas, e um diâmetro de quatro metros. No seu interior, uma escada em espiral com 185 degraus dá acesso à plataforma do topo, de onde se obtém uma vista periférica
Monumento Coluna de Trajano. Ao longo da coluna, figuras em baixo relevo contam a história da guerra contra os dácios, repetidas vezes.
- Coluna de Marco Aurélio: construída um século depois, retrata a vitória dos romanos sob um povo da Alemanha do Norte.
Abaixo: Templo de Vesta, a deusa do fogo na mitologia romana
Teatro
Foram criados os anfiteatros, com o uso das abóbadas e arcos; o um
espaço era amplo e suportava muitas pessoas. O público se encontrava no
auditório, sendo possível construir os edifícios em qualquer lugar. O evento
que eles mais gostavam eram as lutas dos gladiadores e não era
necessário um palco para apreciar o espetáculo. Em um espaço central elíptico
era circundado pela arquibancada, com grande número de fileiras. Um grande
exemplo é o Coliseu, em Roma, uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Pintura
Os pintores romanos usaram, ao mesmo tempo que o realismo, a imaginação, dando origem às obras que ocupavam grandes espaços, enriquecendo mais a arquitetura. A maioria das pinturas originou-se da cidade de Pompeia e Herculano e foram soterradas pela erupção de um vulcão. Elas desencadearam a quatro estilos de pintura:
Os pintores romanos usaram, ao mesmo tempo que o realismo, a imaginação, dando origem às obras que ocupavam grandes espaços, enriquecendo mais a arquitetura. A maioria das pinturas originou-se da cidade de Pompeia e Herculano e foram soterradas pela erupção de um vulcão. Elas desencadearam a quatro estilos de pintura:
1º estilo - Não era
considerada uma pintura: as paredes eram pintadas com gesso, dando impressão de
placas de mármore;
2º estilo - Descobriu-se que a ilusão com gesso poderia ser substituída pela pintura: os artistas pintavam painéis, com pessoas, animais, objetos sugerindo profundidade;
3º estilo - Valorização dos detalhes: no final do século I a. C., a realidade das representações foi trocada por detalhes;
2º estilo - Descobriu-se que a ilusão com gesso poderia ser substituída pela pintura: os artistas pintavam painéis, com pessoas, animais, objetos sugerindo profundidade;
3º estilo - Valorização dos detalhes: no final do século I a. C., a realidade das representações foi trocada por detalhes;
Escultura
Na escultura, os romanos eram muito diferentes dos gregos em
alguns aspectos. Apesar de apreciarem a arte, eles não representavam o ideal de
beleza, mas a cópia fiel das pessoas, buscando retratar traços particulares.
Um exemplo disso é a estátua do imperador romano, Augusto, criada por volta de
19 a.C..
Numa cópia do Doríforo, dos gregos, o artista detalhou as
feições reais do Imperador, a couraça e as capas romanas. Essa preocupação
também foi encontrada em relevos esculpidos, pois eles buscavam representar
acontecimentos e pessoas que participaram dele.
Outra corrente importante da escultura romana foi o relevo narrativo. Painéis de figuras esculpidas representando feitos militares decoravam arcos de triunfo, sob os quais desfilavam os exércitos vitoriosos conduzindo longas filas de prisioneiros acorrentados.
Dos etruscos herdaram as técnicas que lhes permitiram a utlização do arco e da abóbada. Dos gregos herdaram as concepções clássicas dos estilos Jônio, Dório e coríntio, aos quais associaram novos estilos, como o toscano. No entanto, a arquitetura romana, foi fortemente influenciada pela cultura grega e desenvolveu, por sua vez, obras que retratavam uma nova realidade, diferente daquela vivida por gregos, em qualquer período de sua história.
Nesse sentido destaca-se a imponência e a grandiosidade das construções romanas, refletindo as conquistas e a riqueza desta sociedade - templos, basílicas, anfiteatros, arcos de triunfo, colunas comemorativas, termas e edifícios administrativos - eram obras que apresentavam dimensões monumentais.
Ponte sobre o rio Tibre, Itália
Ponte sobre o rio Tibre, Itália
Os romanos ainda construíram aquedutos que transportavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.
O conhecimento atual sobre a antiga arquitetura romana provém de escavações arqueológicas por toda a área do império e de registros escritos, como livros, dedicatórias e inscrições.
Seguindo o plano etrusco, os romanos erigiam as cidades em torno de duas avenidas principais: uma no sentido norte-sul, outra de leste a oeste, e uma praça (forum) na intersecção.
Os edifícios públicos agrupavam-se em geral em torno do forum. Inicialmente dominada pela influência etrusca, a arquitetura romana adquiriu um estilo próprio com a descoberta do cimento, no século II a.C., a construção com tijolos e ao aprimoramento do arco.
As construções dos dois últimos séculos do império incluem-se entre as manifestações mais importantes da arte romana. Depois do grande incêndio no reinado de Nero, o aspecto urbano transformou-se com as reconstruções.
Destacam-se os grandes foruns imperiais e o mais suntuoso de todos, o de Trajanus, em que predominavam os "mercados", seis andares de lojas ligados por corredores e escadarias, escavados na rocha viva do monte Quirinal.
Obra-prima da engenharia e da arquitetura romana em sua técnica de origem oriental, o foro de Trajanus era cercado por grande muralha revestida de mármores e possuía salas de reunião, bibliotecas, um templo consagrado a Trajanus e uma basílica.
Nas grandes cidades, as termas ocupavam um espaço considerável, com banhos, saunas e numerosos estabelecimentos anexos. Os banhos de Agrippa, em Roma, hoje desaparecidos, são o primeiro exemplo da concepção monumental das termas romanas dos séculos II e III, das quais as mais famosas são as do imperador Caracalla, com bibliotecas, salas de leitura e conversação, ginásios e um teatro; e as de Diocletianus, a maior de todas, com 140.000m2.
Os arquitetos romanos usaram as formas gregas, mas desenvolveram novas técnicas de construção, como o arco, que abrange uma distância maior que o sistema de pilar e dintel (dois postes verticais suportando uma trave horizontal). O concreto permitiu projetos mais flexíveis, como o teto abobadado e imensas áreas circulares com teto encimado por domo. Aqui estão algumas contribuições romanas para a arquitetura.
BASÍLICA, edifício, com absides semicirculares nas extremidades e altas janelas de clerestório, usado como ponto de encontro na era de Roma e amplamente imitado pelas igrejas cristãs nos templos medievais.ABÓBADA CILÍNDRICA, arco estreito, fomando teto em semicilindroABÓBADA DE ARESTAS, duas abóbadas cilíndricas da mesma altura, em interseção de modo a formar um ângulo reto.
Embora os romanos tivessem copiado maciçamente a estatuária grega para atender à mania de arte helênica, desenvolveram gradualmente um estilo próprio. A escultura romana em geral é mais literal. Os romanos tinham em casa máscaras mortuárias, feitas em cera, dos ancestrais. Essas imagens realísticas eram moldes totalmente factuais das feições do falecido, e essa tradição influenciou os escultores romanos.
Exceção a essa tradição era a produção em série de bustos, semelhantes a deuses, de imperadores, políticos e líderes militares, dispostos nos prédios públicos de toda a Europa, reafirmando uma presença política a milhares de quilômetros de Roma.
É interessante observar que, no declínio de Roma, quando os assassinatos se tornaram o método preferido para a transferência de poder, os bustos reverteram para uma brutal honestidade. Uma estátua nada elogiosa de Caracalla revela um cruel ditador, e o retrato de Felipe, o Árabe, mostra um tirano desconfiado.
Imperador romano Caracalla
Fontana de Trevi : História do Aqueduto e da Localização
A fonte situava-se no cruzamento de três estradas (tre vie), marcando o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade de Roma. No ano 19 a.C., supostamente ajudados por uma virgem, técnicos romanos localizaram uma fonte de água pura a pouco mais de 22 quilômetros da cidade (cena representada em escultura na própria fonte, atualmente). A água desta fonte foi levada pelo menor aqueduto de Roma, diretamente para os banheiros de Marco Vipsânio Agripa e serviu a cidade por mais de 400 anos.
O antigo costume romano de erguer uma bela fonte ao final de um aqueduto que conduzia a água para a cidade foi reavivado no século XV, com o Renascimento. Em 1453, o Papa Nicolau V, determinou que fosse consertado o aqueduto de Acqua Vergine, construindo ao seu final um simples receptáculo para receber a água, num projeto feito pelo arquiteto humanista Leon Battista Alberti.
Em 1629, o Papa Urbano VIII achou que a velha fonte era insuficientemente dramática e encomendou a Bernini alguns desenhos, mas quando o Papa faleceu o projeto foi abandonado. A última contribuição de Bernini foi reposicionar a fonte para o outro lado da praça a fim de que esta ficasse defronte ao Palácio do Quirinal (assim o Papa poderia vê-la e admirá-la de sua janela). Ainda que o projeto de Bernini tenha sido abandonado, existem na fonte muitos detalhes de sua idéia original.
fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fontana_di_Trevi
http://historia-da-arte.info/mos/view/Arte_Romana/
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