Texto 2. Política
é muito mais do que um simples voto
Tudo começou pelo Twitter. Com a
campanha Voto Consciente, promovida por todas as empresas da Rede
Paranaense de Comunicação (RPC), uma galera resolveu soltar o verbo pelo
@gazetinhanews. Carlos Eduardo Oliveira (@kaduh_oliveira), de 17 anos, Flavia
Pereira da Silva (@FlaaPereira) e Gabriel Garcia de Paula (@GARCIAcomx), ambos
com 16, integram essa turma que quer fazer a diferença. “Eu gosto bastante de
discutir política, e sei a importância que isso tem para o nosso futuro”,
aponta Carlos.
Se ainda assim você considera
política um assunto chato, observe: não se trata apenas do voto. Ações pequenas
(organizar um abaixo-assinado para pedir novos horários de linha de ônibus, por
exemplo) também podem ser consideradas um primeiro passo para aderir ao tema,
mesmo que você não perceba.
Um ponto definitivo para começar a
enxergar a política de uma outra forma é – antes de qualquer coisa – perceber
que ela está por todos os lados. Se você perdeu o horário por conta do atraso
do ônibus ou ficou preso em casa porque faltou luz (isso sem falar no pneu
furado do carro por conta de um buraco na rua) – seja o que for, tudo isso está
ligado diretamente a quem está comandando a sua cidade, estado e país. E prestar
atenção nestes detalhes também é uma forma de vivenciar a política.
Para os nossos jovens leitores,
votar representa muito mais do que o simples ato de escolher o candidato que
irá assumir uma posição pública no governo nos próximos quatro anos.
Por essas e por outras, a turma
defende as discussões políticas desde cedo. Afinal de contas, não dá para
apenas ver problemas no ambiente ao seu redor e deixar de lado o seu papel de
cidadão.
Há uma regra geral nessa história
toda – todos os jovens com os quais a Gazetinha conversou concordam que
tudo começa dentro de casa, com a educação dos pais. De acordo com o grupo, não
adianta responsabilizar o governo pela alienação que atinge grande parte dos
jovens.
(Angela Antunes,
www.gazetadopovo.com.br/votoconsciente. Adaptado.)
Texto 3. Vamos votar
consciente
Estamos
vivendo uma fase de clamor por mudanças substanciais na estrutura política do
país. Não podemos desperdiçar a oportunidade de votar com plena consciência e
atenção. Pensar e repensar em qual daqueles milhares de candidatos será
depositada a confiança da representação para governar e elaborar as leis.
São
funções muito importantes e cada voto conduz à responsabilidade do eleito de
corresponder com lealdade, dedicação, honestidade e eficiência.
É
bem difícil a escolha do candidato, quando nos defrontamos com uma carência de
propostas efetivas e uma enxurrada de acusações, denúncias, ressentimentos e
mágoas recíprocas. Um verdadeiro corre-corre na tentativa de se esquivar de
escândalos vergonhosos ou acusações diversas de todos os lados. Durante a
campanha eleitoral, as manchetes traduziam os escândalos, enquanto nós,
eleitores, aguardávamos por coisas boas, que refletissem nossos sonhos e
anseios por mudanças e por uma comunidade melhor.
Faltaram
propostas novas para problemas antigos, como a inserção do jovem no mercado de
trabalho; a violência em todo o país; o desenvolvimento sustentável da
Amazônia; questões ambientais, como defesa dos recursos hídricos, das árvores e
dos animais; geração de empregos; projetos culturais; incentivo à educação
comunitária, dentre vários outros esquecidos.
É
verdade que houve menção em relação à melhoria da educação, mas nenhuma com
conteúdo suficiente para atender os interesses e direitos da infância e da
juventude. Não se ouviu falar sobre educação comunitária, sobre transformações
sociais multiplicadoras dos espaços de aprendizagem, sobre o jovem como autor
de seu próprio conhecimento, sobre intervenções urbanas voltadas à arte,
cultura e lazer.
Não
obstante a ausência de propostas e muitas dúvidas em definir os candidatos, a
grande verdade é que o voto direto é uma conquista do Estado Democrático de
Direito, conquistado com muita garra e suor. Então, não podemos, de forma
alguma, deixar de exercer esse sagrado ato de cidadania que é comparecer às
urnas e por final comemorar: OBA, VAMOS VOTAR CONSCIENTE!
(Miguel Pereira Neto,
http://aprendiz.uol.com.br. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados, elabore um
texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa,
fundamentando o seguinte tema: O jovem,
o voto consciente hoje e um futuro melhor: é possível?
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