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quarta-feira, 27 de abril de 2011

RESENHA: Como fazê-la?



Todo mundo que frequenta o blog está acostumado a ler várias
resenhas toda semana, mas afinal, o que é e o que precisamos saber para escrever um texto desse tipo?

Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.

O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.

No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.

Tipos de Resenha

Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.

Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. 

Ela, por sua vez, também se subdivide em 

resenha crítica
resenha descritiva
resenha temática.

Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:

1.Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
2.Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
3.   Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
4.   Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
5.  Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
6.  Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
7.  Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
8.  Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.

Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:

1.  Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
2.  Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
3.  Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
4.  Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;
5.  Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.

Conclusão

Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso. 

As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno.

Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas próprias resenhas!

retirado de: http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2013/01/20/como-escrever-resenhas/



RESUMO: Como fazê-lo ?

 
Tenho notado nos alunos uma dificuldade incrível em sintetizar ideias, isto é, em fazer resumos. O fato é que esse tipo de atividade raramente é explicada na escola, quando muito solicitada, por isso os alunos chegam à faculdade sem a menor noção sobre como extrair as ideias principais de um texto.
Antes de mais nada, vale dizer que um resumo nada mais é do que um texto reduzido a seus tópicos principais, sem a presença de comentários ou julgamentos. Um resumo não é uma crítica, assim como a resenha o é; o objetivo do resumo é informar sobre o que é mais importante em determinado texto.
Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial sem perder de vista três elementos:
1.as partes essenciais do texto;
2.a progressão em que elas aparecem no texto;
3.a correlação entre cada uma das partes.
Se o texto que estamos resumindo for do tipo narrativo, devemos prestar atenção aos elementos de causa e sequências de tempo; se for descritivo, nos aspectos visuais e espaciais; caso o texto for dissertativo, é bom cuidar da organização e construção das idéias.
Existem, segundo van Dijk & Kintsch (apud FONTANA, 1995, p.89), basicamente 3 técnicas que podem ser úteis ao escrevermos uma síntese. São elas o apagamento, a generalização e a construção.
Apagamento
Como no nome já diz, o apagamento consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles. Vamos ver um exemplo.
O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente.
Sendo essa a frase a ser resumida através do apagamento, poderia ficar assim:
O jardineiro trabalhava bem.
Cortamos os adjetivo “velho” e o advérbio “muito” na primeira frase e eliminamos a segunda. Ora, se o jardineiro trabalhava bem, é porque arrumava jardins; a segunda informação é redundante.
Generalização
A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado. Exemplo:
Pedro comeu picanha, costela, alcatra e coração no almoço.
As palavras em destaque são carnes. Então, o resumo da frase fica:
Pedro comeu carne no almoço.
Construção
A técnica da construção consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado. Exemplo:
Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno.
Todas essas ações praticadas por Maria nos remetem a uma síntese:
Maria fez um bolo.
Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É a técnica de sublinhar.
Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido, que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados, formando um texto a partir deles e aplique as três primeiras técnicas.
Como Fazer um Resumo - Importado
Como leitura adicional, recomendo o excelente livro de Maria Almira Soares, que se dedica exclusivamente a dotar o aluno de ferramentas teórico-práticas, úteis à elaboração de uma síntese ou resumo. Desde a primeira leitura geral do texto até as técnicas de simplificação, articulação e reformulação do discurso, a autora reúne aqui um conjunto de etapas a serem acompanhadas pelo estudante. Trechos de textos literários e jornalísticos dão corpo a uma gama de exercícios de aplicação, indispensáveis à consolidação dos saberes nos domínios da escrita, da leitura e do funcionamento da língua.
Fontes:
Prática Textual: atividades de leitura e escrita / Vanilda Salton Köche, Odete Benetti Boff, Cinara Ferreira Pavani. — Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
Estratégias Eficazes para resumir. Chronos – Produção de textos científicos no ensino da língua portuguesa / Niura Maria Fontana. — Caxias do Sul: UCS, n.1, p.84-98, 1995.
Para entender o texto: leitura e redação / José Luiz Fiorin, Francisco Platão. — 10.ed. São Paulo: Ática, 1995.

sábado, 19 de março de 2011

O RESUMO


                            Resumir é apresentar de forma breve, concisa e seletiva um certo conteúdo.

Em um resumo você vai colocar com poucas palavras as idéias que o autor desenvolveu ao longo de um texto.
Um resumo permitir recuperar rapidamente ideias, conceitos e informações, tornado mais fácil de entender, pois saberá encontrar num texto as idéias mais importantes.

Um resumo deve ser:

Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários.



Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua leitura de um texto.


Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as idéias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as idéias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas. O texto do resumo deve ser compreensível.


Existem vários tipos de resumo. Antes de fazer um resumo você deve saber a que ele se destina, para saber como ele deve ser feito. Em linhas gerais, costuma-se dizer que há 3 tipos usuais de resumo: o resumo indicativo, o resumo informativo e o resumo crítico (ou resenha).


Resumo Indicativo
Indica apenas os pontos principais do texto, não apresentando dados qualitativos, quantitativos, etc.


Resumo Informativo
Informa suficientemente ao leitor, para que este possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe finalidades, metodologia, resultados e conclusões.


Resumo crítico (resenha)
Resumo redigido por especialistas com análise interpretativa de um documento

acesse o link abaixo e veja o resumo pedido no vestibular UFU/2010 SITUAÇÃO A - REDAÇÃO

quarta-feira, 9 de março de 2011

Gênero Textual: Carta Argumentativa

De olho na redação dos vestibulares:
§             
Gênero Textual: Carta Argumentativa

Carta Argumentativa : Principais características

o      Um cabeçalho (na primeira linha da carta, na margem do parágrafo, aparecem o nome da cidade e a data na qual se escreve)   Ex: Uberlândia, 13 de setembro de 2010.

o      Expressão que introduz a assinatura: terminada a carta, é de praxe produzir, na linha de baixo (margem do parágrafo), uma expressão que precede a assinatura do autor.  Ex: Atenciosamente;  Sem mais, despeço-me.

o      Assinatura: um texto pessoal, como é a carta, deve ser assinado pelo autor. Nos vestibulares, porém, costuma-se solicitar ao aluno que não escreva o próprio nome por extenso. Para tanto, nas instruções, geralmente, eles sugerem para todos os vestibulandos um mesmo nome.

o      A proposta da carta argumentativa ocorre sempre que houver a necessidade de reivindicar, denunciar, reclamar, sugerir, aconselhar, etc.

o      Ela circula, geralmente, num âmbito particular, pois, pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada.

o      A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida. É necessário que esse interlocutor seja evocado no decorrer do texto

Senhor / Vossa Senhoria / Vossa Excelência – presidente, deputados, senadores, oficiais de patente superior à de coronel, ministros de estado, governadores, secretários de estado / Vossa Majestade – reis e imperadores / Vossa Alteza- príncipes e duques / Vossa Santidade – o papa

Sendo que, o essencial é mostrar respeito pelo interlocutor, seja ele quem for. Na falta de um pronome ou expressão específica para dirigir-se a ele, recorra ao tradicional "senhor“, "senhora" ou Vossa Senhoria.

·              Carta Argumentativa : Propósito

o      Defender um ponto de vista sobre determinado assunto, por meio de argumentos convincentes a fim de persuadir o interlocutor, ou demovê-lo do ponto de vista por ele defendido e que o autor da carta considera equivocado.
o      É importante a apresentação de dados, fatos, exemplos, etc., que possam auxiliar o processo de convencimento do leitor e atestar a veracidade e coerência das opiniões expostas.

·         Carta Argumentativa Formato constituído por :

o      Local e data: constam no início da carta, à esquerda, e especificam cidade, dia, mês e ano da emissão da carta (Monte Carmelo, 18 de outubro de 2010).
o      Vocativo: apresenta o tratamento adequado ao receptor (Prezado Senhor, Magnífico Reitor, Ilustríssimo Diretor).
o      Corpo do texto (assunto):é um parágrafo inicial coloca o assunto e a finalidade da carta, de modo objetivo e direto. Após, em novo(s) parágrafo(s), segue a explicitação do que foi exposto. Nesta parte o emissor vale-se de argumentos consistentes para convencer o receptor.
o      Despedida: sempre cordial. Em uma carta de solicitação, ela é afetuoso para manter uma interlocução mais afetiva com o receptor(na certeza de sermos atendidos, agradecemos;contando com seu pronto atendimento; esperando contar com sua compreensão; no aguardo de sua resposta, desde já agradeço etc.)
o      Assinatura: consta o nome completo do emissor, seguido de sua identificação profissional.

·         Carta Argumentativa Mecanismos linguísticos:

o      linguagem do consenso, em geral, impessoal, clara e objetiva, mas pode variar muito dependendo da situação e dos interactantes;
o      predomínio da 1ª ou da 3ª pessoa, embora seja comum a mistura;
o      formas verbais, geralmente, no presente do indicativo, e às vezes, no imperativo.
o      Carta argumentativa com máscara: O redator escreve como se fosse outra pessoa, veste uma máscara

Modelo:

CARTA-ARGUMENTATIVA (GRAVIDEZ PRECOCE)

Gravilândia, GV, 25 de dezembro de 2003.
Querida filha,

Tenho-a criado da melhor maneira que um pai poderia fazer, considerando as condições por que sempre passamos no decorrer de nossas vidas. Apesar das dificuldades, nunca deixei de lhe dar o melhor de mim, procurei educá-la pensando em garantir um futuro digno para você e futuros descendentes. Entretanto, algumas de suas atitudes têm me incomodado um pouco ultimamente.
Sem querer bancar um pai “careta”, tenho me preocupado muito sobre a maneira como tem encarado as coisas em sua volta. Depois que conheceu aquele seu namorado, você virou a cabeça, jogou tudo para o alto e passou a cometer algumas imprudências: a maior delas, a falta de cuidados na prevenção de doenças ou de uma possível gravidez indesejada. Isso me deixa perplexo, principalmente pelas informações que você teve oportunidade de adquirir esses anos, o que naturalmente exigiria uma atitude totalmente diferente.
Lembre-se, não sou contra a sua maternidade. Aliás, considero o maior privilégio que uma mulher pode ter. Apenas não quero, caso isso venha a se concretizar prematuramente, vê-la desesperada pelos cantos, sem saber como agir pelo fato de não tê-la planejado. Vivemos num mundo recheado de mecanismos que ajudam a prevenir a gravidez, temos camisinha como o método mais conhecido, além de outros que você certamente os conhece. Por isso, peço-lhe que reflita um pouco sobre suas atitudes, você ainda nem concluiu o Ensino Médio, lembra? E o vestibular, o seu sonho de ser jornalista, de brigar pelos direitos dos mais fracos, como sempre dizia almejar quando era criança? Deixou-os de lado? Creio que não.
Filha, às vezes os sonhos podem ser interrompidos por falta de consciência. E é isso que lhe peço como alguém que a ama desde os seus primeiros passos, desde a época em que ainda segurava em sua mão para que andasse sem riscos de cair. Tome mais cuidado, previna-se; não jogue fora os seus anseios, as suas vontades, o seu futuro. Una o útil ao agradável. Divirta-se, sim, mas com prudência. E quanto ao resto, pode contar comigo e com a sua mãe, você sabe que estamos sempre prontos para dizer uma palavra de conforto, de apoio, de amor. Aquele amor insubstituível, que sentimos em nossos corações por essa linda menina que, num piscar de olhos, já virou mulher.

De seu pai que a ama profundamente,

Metódio Contraceptus


Referência: KOCHE, V.S.; BOFF, O.M.B.; MARINELLO, A.F. Leitura e Produção Textual: Gêneros textuais do argumentar e expor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.