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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Vírgula antes do "e"




(1) “Anvisa não foi notificada, e diz que vai recorrer”

(2) “O governador Geraldo Alckmin tem uma enorme preocupação com a questão da segurança, e saberá tomar a decisão mais equilibrada.”

(3) “A SPR, em nota, diz que ‘o contrato com o Corinthians foi celebrado em junho de 2008’, e que na época ‘não teve qualquer concorrência, pois o sistema foi criado pela SPR e pelo Corinthians’.”


De modo geral, não se usa vírgula antes das conjunções aditivas (“e”, “nem”). A conjunção “e”, além de estabelecer relação de adição entre termos de uma oração ou entre orações, serve para finalizar uma enumeração. Em qualquer uma dessas situações, não cabe o uso da vírgula antes dela.

Nos três fragmentos acima, como se pode perceber, a vírgula foi incorretamente empregada antes do “e”.  Nos exemplos (1) e (2), a vírgula assinalou – indevidamente – a separação de orações.

Note-se que seria cabível e, em alguns casos, recomendável o emprego da vírgula para separar orações aditivas (encabeçadas pelo “e”) de sujeitos diferentes. Isso quer dizer que, sendo os sujeitos diferentes, é cabível o emprego da vírgula antes do “e”. Cabível, mas nem sempre obrigatório. Veja o seguinte caso:

Ela cantava suavemente e o gato dormia no sofá. (sujeitos diferentes sem necessidade de vírgula)

Se, no entanto, a construção puder conduzir a uma leitura ambígua, a vírgula será necessária. Veja a estrutura abaixo:

Ela trazia as compras e o marido segurava o cachorro.

Num caso como esse, emprega-se a vírgula, para deixar claro que  “o marido” é o sujeito de uma segunda oração, não a segunda parte do objeto direto. Assim:

Ela trazia as compras, e o marido segurava o cachorro.

Nos casos (1) e (2), a conjunção “e” une orações de sujeito idêntico; não há, portanto, justificativa para o uso da vírgula. No período (3), a conjunção “e” une duas partes de um objeto direto (A SPR diz que... e que... ), outra situação em que não cabe a vírgula.

Veja abaixo os fragmentos corrigidos:

(1) Anvisa não foi notificada e diz que vai recorrer

(2) O governador Geraldo Alckmin tem uma enorme preocupação com a questão da segurança e saberá tomar a decisão mais equilibrada.

(3) A SPR, em nota, diz que “o contrato com o Corinthians foi celebrado em junho de 2008” e que na época “não teve qualquer concorrência, pois o sistema foi criado pela SPR e pelo Corinthians”.




Dia a dia: com ou sem hífen?

"O movimento de juízes que enfrentam dia-a-dia a realidade bruta dos casos e processos, e não as filigranas dos debates nas cortes supremas, frustrou-se no seu propósito de reduzir a degradação progressiva da vida política, como anseia a sociedade."

No fragmento acima, os hifens foram empregados indevidamente. Vamos entender por quê.
A expressão original, "dia a dia", é uma locução adverbial, motivo pelo qual modifica ações verbais ("Juízes enfrentam dia a dia a realidade dos casos e processos", "Ela emagrecia dia a dia", "Dia a dia, a empresa contratava mais funcionários"). O valor semântico de "dia a dia" é o mesmo de "dia após dia".

Já a substantivação da expressão é que recebe os hifens: o "dia-a-dia" é um sinônimo de "cotidiano" --note que, geralmente, é antecedido de um artigo ("O dia-a-dia nas grandes cidades é cansativo", "Eles enfrentam o arriscado dia-a-dia das do combate ao tráfico de drogas").

Usamos, portanto, os hifens apenas no substantivo "dia-a-dia", sinônimo de "cotidiano". A locução adverbial, cujo sentido é o de "dia após dia", permanece sem hifens. O texto selecionado traz a locução adverbial, não o substantivo --daí termos de corrigi-lo:

"O movimento de juízes que enfrentam, dia a dia, a realidade bruta dos casos e processos, e não as filigranas dos debates nas cortes supremas, frustrou-se no seu propósito de reduzir a degradação progressiva da vida política, como anseia a sociedade."



domingo, 17 de julho de 2011

EXERCÍCIOS: USO DO PORQUE / POR QUE




Preencha as lacunas, usando o seguinte código:
a) por que
b) por quê
c) porquê
d) porque

EXERCÍCIOS DE ORTOGRAFIA


MARQUE A ALTERNATTIVA COM O CORRETO EMPREGO DE:

01) X ou CH:
a) xingar, xisto, enxaqueca
b) mochila, flexa, mexilhão
c) cachumba, mecha, enchurrada
d) encharcado, echertado, enxotado

EMPREGO DO HÍFEN


01) Assinale a alternativa contendo todos os
vocábulos grafados corretamente:
a) amor-perfeito, porto-alegrense, cupu-açu
b) ultra-leve, infra-estrutura, anti-ácido
c) inter-social, pan-americano, ad-renal
d) sub-raça, sub-base, pára-raios
e) bem-vindo, inter-regno, retro-atividade

sábado, 16 de julho de 2011

Hífen


     As regras de emprego do hífen são numerosíssimas e das mais complicadas da Língua Portuguesa. E com várias exceções, incoerências e omissões. Indispensável, por isso, o recurso constante a um dicionário, a um manual de redação ou a um guia ortográfico. Observe:

Acentuação


A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabelecidas pela Gramática Normativa. A mesma compõe-se de algumas particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando estabelecer uma relação de familiaridade e, consequentemente, colocando-as em prática ao nos referirmos à linguagem escrita.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ortografia: quando usar "ç"


Ortografia, cujo significado é escrever direito, é um dos assuntos mais temidos pelos jovens estudantes em virtude do número de regras existentes. É-lhes difícil memorizar a todas, pois não leem muito nem escrevem sistematicamente, dois dos principais segredos para aprender a escrever as palavras adequadamente.

Quem tem o hábito de realizar boas leituras e de escrever ao menos um texto por semana aprende com mais facilidade a arte de escrever corretamente, se aliar a isso consultas constantes a dicionários de boa qualidade.

A intenção, no texto de hoje e em outros das próximas semanas, é apresentar algumas dicas que ajudam a memorizar regras de ortografia. Isso será realizado por meio de frases com palavras em que conste a mesma letra. Vamos à primeira:
  • "Uma das intenções da casa de detenção é levar os que cometeram graves infrações a alcançar a introspecção, por intermédio da reeducação."

    Nessa frase, há seis palavras escritas com Ç: intenções, detenção, infrações, alcançar, introspecção e reeducação. As regras quanto ao uso do Ç são as seguintes:

    1- Usa-se Ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em -TO, -TOR e -TIVO. Por exemplo:
    Canto - canção
    Ereto - ereção
    Conjunto - conjunção
    Infrator - infração
    Setor - seção
    Condutor - condução
    Relativo - relação
    Intuitivo - intuição
    Ativo - ação
    Três palavras da frase apresentada obedecem a essa regra:
    Intento - intenção
    Infrator - infração
    Introspectivo - introspecção

    2- Usa-se Ç em substantivos terminados em -TENÇÃO derivados de verbos terminados em -TER:
    Conter - contenção
    Manter - manutenção
    Reter - retenção
    Deter - detenção

    3- Usa-se Ç em verbos terminados em -ÇAR cujo substantivo equivalente seja terminado em -CE ou em -ÇO:
    Lance - lançar
    Desenlace - desenlaçar
    Abraço - abraçar
    Endereço - endereçar
    Almoço - almoçar
    Uma palavra da frase apresentada obedece a essa regra:
    Alcance - alcançar

    4- Usa-se Ç em substantivos terminados em -ÇÃO derivados de verbos de que se retirou a letra R:
    Exportar - exportação
    Abdicar - abdicação
    Abreviar - abreviação
    Uma palavra da frase apresentada obedece a essa regra:
    Educar - educação.

    O estudo da ortografia exige atenção de quem escreve. É necessário realizar as analogias entre palavras. Ao escrever um vocábulo, ter a ciência de que ele proveio de outro, o que nos obriga a escrevê-lo de determinada maneira, e não de outra. É preciso paciência. Só aprende a escrever adequadamente quem treina sistematicamente. Portanto, leitor, mãos à obra!