Vicent Van Gogh, antes do incidente e depois.
Depois de algum tempo, ele retornou à casa dos pais, aos 27 anos, dando continuidade ao seu auto-aprendizado em técnicas de pintura. No meio do processo, ele ia aos poucos dominando técnicas de pintura, como perspectiva, sombreamento e anatomia. Suas primeiras pinturas foram baseadas no estilo de vida dos mineradores belgas no qual ele teve contato.
Alguns meses depois ele deixou a residência dos pais e foi ter algumas aulas de pintura com seu primo Anton Mauve. Gogh até mesmo chegou a se envolver com uma prostituta grávida chamada Sien Hoomik, com o qual ele teve um filho. Ele continuou a aperfeiçoar suas técnicas, sempre que possível usando Hoomik como modelo de seus quadros. Uns anos depois ele ficou irritado com Hoomik, e resolveu cortar relações com ela.
Por conta de sua falta de inspiração, ele resolve voltar à residência dos pais para continuar seu treinamento artístico. Lá, ele é introduzido pela primeira vez às obras de Jean-Franqois Millet, no qual fica fascinado e começa a basear seu estilo nas obras de Millet.
Na tentativa de ganhar destaque na comunidade artística, ele produz um famoso quadro chamado de “Os Comedores de Batatas”, obra que só ganharia seu devido reconhecimento anos após a morte de Van Gogh.
Devido ao fracasso de “Os Comedores de Batata”, ele decide que chegou a hora de receber ajuda profissional para melhorar suas habilidades artísticas. Ele deu algumas visitas à uma academia de arte em Artwerp, lugar no qual ele descobriu a arte de Peter Paul Rubens e de vários artistas japoneses.
Um ano depois ele foi para Paris morar com seu irmão Théo. A partir de então ele deixou de lado os tons escuros utilizado em “Os Comedores de Batatas” após descobrir que eram tons terrivelmente ultrapassados, e passou a utilizar cores mais claras e vibrantes, ao mesmo tempo em que suas obras passaram a ter uma grande influencia do impressionismo e pós-impressionismo.
Em Paris, Gogh conheceu vários artistas de renome, como Claude Monet, Paul Gauguin, Camille Pissarro e Emille Bernard. Gogh e Gauguin se tornam grandes amigos nessa época. Dois anos depois, Gogh se muda para Arles, na esperança de que seus novos amigos se juntem a ele para a criação de uma escola de arte. Gogh estava confiante com suas novas tendências absorvidas, como o uso de um estilo pessoal e novas combinações de cores.
Mais tarde, Gauguin de fato se juntou a Gogh, onde os dois passaram a morar junto em Arles. Foi lá que ele criou sua famosa coleção de pinturas: os Girassóis. Porém, essa prosperidade duraria por pouco tempo...
Ele então internou a si mesmo no asilo em Saint Remey. Durante os dezenove meses que ele passou nessa clínica, ele produziu cerca de 200 quadros, dentre eles a obra “Noite Estrelada”, uma de suas obras mais influentes.
Após sair do asilo, ele manteve contato com seu irmão Théo. Ele continuou a produzir algumas obras, mas estava numa profunda depressão, achando que sua vida foi um verdadeiro fracasso, principalmente devido à ruína de seu sonho de formar sua comunidade artística.
Seu irmão Théo coletou a maioria das obras de Van Gogh em Paris, porém morreu seis meses após a morte de Gogh. Sua esposa viúva levou as obras de Gogh para a Holanda, onde de dedicou a dar as essas obras o reconhecimento merecido. Ela publicou as obras de Gogh e ele se tornou famoso quase que instantaneamente. Sua popularidade vem crescendo desde então.
O INCIDENTE FOI NOTÍCIA NA IMPRENSA
Em 1998, o jornal "Washington Post" publicou um artigo de seu colaborador Megan Rosenfeld, transcrevendo uma suposta notícia de um jornal de Arles, datado de 30.12.1888 (cinco dias após o incidente), nos seguintes termos:
"Na noite do último domingo, pelas onze e meia da noite, um pintor chamado Vincent van Gogh, nativo da Holanda, apareceu em uma casa de tolerância (...) procurando por uma garota chamada Raquel e entregou-lhe sua orelha com estas palavras: ‘Guarde isto cuidadosamente.’ E então desapareceu.
"A polícia, informada do acontecimento, concluiu tratar-se de um maníaco e, rebuscando sua casa, encontrou-o na cama, com poucos sinais de vida."
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