domingo, 10 de abril de 2011

Expressionismo

O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.

Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930. Exteriorizar os sentimentos.

Principais características:
* pesquisa no domínio psicológico;
* cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
* dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
* pasta grossa, martelada, áspera;
* técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
* preferência pelo patético, trágico e sombrio.

Obra de Münch

Münch (1863-1944) - foi um dos primeiros artistas do século XX que conseguiu conceder às cores um valor simbólico e subjetivo, longe das representações realistas.Nascido em Loten, Noruega, em 1863, Munch iniciou sua formação na cidade de Oslo, no ateliê do pintor Krogh. Realizou uma viagem a Paris, na qual conheceu Gauguin, Toulouse-Lautrec e Van Gogh.

Detalhe de obra que mostra autorretrato de Münch

Uma de suas obras mais importantes é O Grito (1889).


"O Grito é um exemplo dos temas que sensibilizaram os artistas ligados a essa tendência. Nela a figura humana não apresenta sua linhas reais mas contorce-se sob o efeito de suas emoções. As linhas sinuosas do céu e da água, e a linha diagonal da ponte, conduzem o olhar do observador para a boca da figura que se abre num grito perturbador. Perseguido pela tragédia familiar, Munch foi um artista determinado a criar 'pessoas vivas, que respiram e sentem, sofrem e amam'. Recusou o banal, as cenas interiores pacíficas, comuns na sua época. A dor e o trágico permeiam seus quadros."
Leia de onde veio a inspiração de Münch para criar este quadro: “Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol – o céu ficou de súbito vermelho-sangue – eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a mureta– havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fiorde sobre a cidade – os meus amigos continuaram, mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade – e senti o grito infinito da Natureza.”
É assim que o próprio Munch nos dá a definição da solidão e angústia estampada na sua pintura mais famosa.
Paul Klee (1879-1940) - considerado um dos artistas mais originais do movimento expressionista.


Convencido de que a realidade artística era totalmente diferente da observada na natureza, este pintor dedicou-se durante toda sua carreira a buscar o ponto de encontro entre realidade e espírito.




A grande descoberta de sua expressividade ocorreu em sua primeira viagem a Túnis. As formas cúbicas da arquitetura e os graciosos arabescos na terracota deixaram sua marca na obra do pintor. Iniciou uma fase de grande produtividade, com quadros de caráter quase surrealista, criados, segundo o pintor, em cima de "matéria e sonhos".


Amadeo Modigliani (1884-1920) - iniciou sua formação como pintor no ateliê de Micheli, em Livorno, sua cidade natal. Em 1902 entrou na Academia de Florença e um ano mais tarde na de Veneza. Três anos depois mudou-se para Paris. Nessa cidade travou conhecimento com os pintores Utrillo, Picasso e Braque.


Em 1908 participou do Salão dos Independentes e lá conheceu Juan Gris e Brancusi. Produziu então suas primeiras esculturas motivado pelas peças de arte africana chegadas à França das colônias. Esse aspecto de máscara foi uma das constantes nos seus retratos e nus sensuais. Modigliani teve em comum com os cubistas e expressionistas o distanciamento das academias, a revalorização da cor e o estudo das formas puras.


Sua visão tão subjetiva dos seres humanos e a emotividade de suas cores o aproximam mais do reduzido grupo de expressionistas franceses. Apesar disso, pode-se muito bem dizer que sua obra, elegante, recatada e ao mesmo tempo misteriosa, pertence, juntamente com a dos mestres Cézanne e Van Gogh, para citar alguns, à dos gênios "solitários" (pois não se sabe a que movimento artístico da História da Arte ele realmente pode se enquadrar, por seu estilo único).


Veja cenas do Filme "Modigliani" (com Andy Garcia): nesta cena, Modigliani e Picasso (que demonstram-se como rivais no filme), visitam Renoir (do Impressionismo):


Cena do filme "Modigliani": a rivalidade entre Modi e Picasso era tão grande, que há um causo contado no filme de que Picasso pintou a musa de Modi, Jeanne, o que o deixou enfurecido:


Outra artista única, que é difícil de enquadrar na história da Arte, é a Frida Kahlo.


Para saber mais sobre a vida dela, clique aqui. Muitas vezes ela é enquadrada como expressionista ou então surrealista. Mas não importa, o que importa é que ela foi uma grande artista, se não uma das maiores na pintura universal.

Ou então veja o filme dela, feito com a Salma Hayek. Vale a pena ver!!! O filme é maravilhoso!
Veja o trailer do filme:


Texto sobre o Expressionismo e artistas extraído do site: http://www.historiadaarte.com.br/expressionismo.html (MARTINS, Simone R.; IMBROISI, Margaret H.)

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