“Diante de Gauguin e de Van Gogh desenvolvi um complexo de inferioridade porque eles souberam se perder. Gauguin no seu exílio. Van Gogh na sua loucura. Penso sempre que para encontrar a autenticidade é preciso que algo entre em colapso.” (Jean Paul Sartre)
Como acontece demasiadas vezes, só podemos compreender a arte depois de percebermos o artista! Acho que o mesmo se passa com as pessoas: sem compreendermos a sua história, o seu percurso, corremos o estúpido risco de sermos injustos, quando analisamos o seu presente!
Mas a discutível verdade, é axiomática
Paul Gauguin na década de 1880
Numa das suas viagens, encanta-se com o Taiti, onde reside os anos finais da sua vida! E é nesta ilha que pinta a majestosa obra "De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? ", um verdadeiro tributo sobre a sua existência, um monumento em silêncio reflectivo. Envolto em tons quentes, tendo o azul do mar e do céu como paisagem, rodeado das mulheres que tanto venerava, desenha-nos o ciclo da vida, desde o petiz à direita, à velha no lado esquerdo, passando pela idade adulta, num ciclo de vida, tão rápida e efémero como a existência!
A sua introspecção ao pintar a obra conduziu-o ao suicídio! Mas nem aqui Gauguin concretizou os seus intentos: o arsénico não o matou, fazendo-o esperar mais quatro anos pela morte, que lhe surgiu na forma de sífilis…
Com uma explosão de cores chapadas sobre um desenho sintético e de traços vigorosos, a pintura pós-impressionista de Gauguin exerceu grande influência na evolução da arte moderna.
fonte: http://www.pitoresco.com/
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