sábado, 4 de fevereiro de 2012

Estrutura da Dissertação – A Introdução.

Hoje vamos entrar, de fato, na estrutura da dissertação. Começaremos com a introdução, o primeiro parágrafo do seu texto.

Considerando a estrutura dissertativa-argumentativa exigida pela maioria esmagadora das bancas de vestibulares, é na introdução que vocês devem – perdoem a obviedade – introduzir o leitor no texto. Analisando a morfologia da palavra, “dução” vem do verbo latino “ducere”, que quer dizer “levar”. Já o prefixo “intro” quer dizer “dentro”. Logo, a introdução serve, literalmente, para levar o leitor para dentro do texto!

Por isso, uma introdução eficiente deve revelar somente o necessário sobre o tema, ou seja, vocês não devem começar a argumentar logo no início do texto, apenas situar o leitor e estimulá-lo a prosseguir com a leitura. Para isso, seu parágrafo deve ter dois aspectos principais:

- A contextualização: as primeiras linhas (em uma introdução de 5 linhas, use aqui umas 3 ou 4), devem explicitar o tema proposto, ressaltando a importância daquele debate. Que proposta é aquela? Por que ela está sendo discutido? Como ela se situa no contexto atual?

- A sugestão de uma abordagem e/ou ponto de vista: lembrem-se de que vocês não devem começar a argumentar logo na introdução, mas é sempre bom marcar um posicionamento, especificando qual ponto de vista será defendido.
Observem a introdução abaixo:

Tema 1: UERJ 2008 -  Os Meios de Comunicação devem sofrer alguma forma de controle, ou todo controle representa uma censura indevida?

No panorama contemporâneo, muito se tem discutido sobre o papel que devem exercer os meios de comunicação nas sociedades atuais. Países, como o Brasil, que já sofreram com governos ditatoriais, entendem as feridas que o processo de censura traz, não só para os artistas e jornalistas, que se calam, mas para a própria população, que se vê tolhida de direitos básicos. É certo, no entanto, que os meios massificados podem apelar para banalização e vulgaridade para atender aos interesses do capital. Por isso, uma discussão sobre censura e liberdade de expressão se faz mais do que necessária.

Parte 1 – Contextualização: o autor situou o problema no contexto atual, e disse o motivo de ele ser especialmente relevante no Brasil.

Parte 2 – Sugestão do Posicionamento - o autor mostrou que a banalização pode ser um problema, e reafirmou que essa discussão é de grande importância.

Entenderam?



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